As vezes ela ficava triste. Só as vezes. Tinha uma água chata que insistia em brotar dos olhos dela. E tinha um aperto também, um aperto no peito. "Que coisa chata", ela dizia.
Ela sorria sempre. Ria alto. Sorria demais. Ficava no limite entre ser boba e simplesmente alegre. Ficava preocupada quando não sorria. Riso amarelo não era o forte dela, ela sabia disso, nem sequer conseguia parecer uma pessoa melancólica com certo charme.
Já que não conseguia prever o futuro, ela o inventava. Por algum tempo as preocupações sumiam e ela voltava a sorrir. Mas se dava conta de que inventar era apenas o primeiro passo. Precisava agir.
O tempo ia passando. Ela ia aprendendo a ficar triste. Sabia que era normal. Fugiu a vida inteira da tristeza, do aperto no peito, do sorriso amarelo. Ela estava aprendendo. Aceitando. Vivendo.
Quando sorria, sorria com mais vontade, sorria mais iluminada. Queria aproveitar o sorriso. Sabia que, quando a tristeza viesse de novo, seriam esses sorrisos que a fariam seguir em frente.
Aquela água chata ainda insiste em brotar nos olhos dela. Ela pouco se importa. Deixa que venham. Ela compensa... risadas mais altas, sorrisos mais iluminados... lágrimas de tanto rir.
...
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quarta-feira, novembro 11, 2009
terça-feira, novembro 10, 2009
Bandidos X Mocinhos
As "mocinhas" preferem os "bandidos". No final, elas ficam com os "mocinhos", mas... preferem os "bandidos".
O coração do "bandido" não é só delas. Eles o dividem com outras "mocinhas". Mas elas sabem que se o coração do "bandido" for inteiramente delas... eles não serão mais os "bandidos". Eles se tornam "mocinhos". E as "mocinhas"... sempre preferem os "bandidos".
O coração do "bandido" não é só delas. Eles o dividem com outras "mocinhas". Mas elas sabem que se o coração do "bandido" for inteiramente delas... eles não serão mais os "bandidos". Eles se tornam "mocinhos". E as "mocinhas"... sempre preferem os "bandidos".
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